SAS Brasil é convidada para o maior evento de inovação em saúde da América Latina

Responsável pela criação do primeiro laboratório de Saúde Digital e Inovação Social do país, a organização social participou de debates sobre empreendedorismo feminino em acesso à saúde e prevenção do câncer de mama na FisWeek.

 O Living Lab foi desenvolvido pela SAS Brasil e Unicamp para disseminar soluções de expansão do acesso à saúde pública, especialmente em áreas remotas ou escassas de recursos. Em menos de um ano de sua criação, a iniciativa pioneira é convidada para participar do maior festival de inovação, empreendedorismo e tendências da saúde da América Latina, a Fis Week.

Representando a SAS Brasil, a coordenadora do primeiro laboratório de saúde digital e inovação social no Brasil, Gabriella Sá, participou da programação como painelista e mediadora no evento. A organização social foi convidada para participar de discussões sobre o  diagnóstico e a prevenção do câncer de mama em comunidades remotas, e também acerca da participação de mulheres na transformação do acesso à saúde. 

Os painéis contaram com participações de grandes empreendedoras sociais, a exemplo de Lorice Scalise (Presidente da Roche Brasil), Syvia Feir, (Diretora da Bayer) e Germana Lyra Bähr (diretora do instituto INTO). Assim como a SAS Brasil – organização social em saúde fundada por duas mulheres, as convidadas são vozes inspiradoras que também empreendem em soluções sustentáveis e de alcance.

Da tradução literal, o Living Lab é um laboratório vivo focado em promover a inovação colaborativa entre estudantes e profissionais de saúde. Por meio de pesquisas, o polo de disseminação em saúde visa incentivar a criação de novos modelos de soluções sustentáveis para saúde pública.

As ferramentas de alcance são utilizadas na prática por ações da organização social, que visam disseminar saúde para quem mais precisa, a exemplo da linha de cuidado Materno-Infantil. A iniciativa da SAS Brasil cuida integralmente de gestantes, puérperas e bebês, desde a gestação até os primeiros dois anos de vida da criança.

Por meio da teleultrassonografia, a mãe pode ser acompanhada no pré-natal, e após o parto, com a telessaúde, ambos passam a receber orientações com especialista em pediatria, nutrição, saúde bucal e saúde mental. Em dois anos, o Materno-Infantil acolheu cerca de 400 mulheres e acompanhou mais de 200 recém-nascidos do litoral oeste do Ceará, região com escassez de médicos especialistas. 

As iniciativas da organização social funcionam por meio de uma plataforma de telessaúde desenvolvida no Grupo SAS, o SIAS (Sistema Integrado de Acesso à Saúde), que tem sido aprimorado cada vez mais no laboratório. Um dos modelos mais recentes é a telecoloscopia, um exame que permite a captura de uma fotografia de visão ampliada do trato genital inferior feminino, em especial, o colo do útero.

Conectado à plataforma de telessaúde, as imagens são transmitidas e salvas no prontuário da paciente. À distância, o médico especialista acompanha a consulta por meio de uma chamada de vídeo, recebendo imagens em alta definição e interagindo diretamente com a paciente.

Recentemente, a SAS Brasil capacitou enfermeiros da ONG Expedicionários da Saúde (EDS) para a realização de telecolposcopia em indígenas de Assunção de Içana, uma comunidade ribeirinha no noroeste da Amazônia. Através desse modelo de disseminação de educação em saúde, o Living Lab está possibilitando a detecção e prevenção de doenças como o câncer de colo do útero, terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil (INCA).

“A SAS Brasil acredita que, para transformar o acesso à saúde da mulher no Brasil, é essencial a união de todos os setores – público, privado e terceiro setor – em uma colaboração sinérgica. Só assim poderemos enfrentar os desafios de doenças como o câncer, e garantir cuidados de saúde mais acessíveis e eficazes para todas”, destacou a coordenadora do laboratório, durante sua participação na Fis Week.

O laboratório, além de contribuir assistencialmente para o Sistema Único de Saúde (SUS) com ações já presentes, também incentiva os novos empreendimentos de impacto social em saúde. Localizado na Unicamp, o polo atrai alunos, profissionais e startups em saúde para treinamentos, desenvolvimento de soluções sustentáveis e realização de teleatendimentos.

“A SAS Brasil, com o Living Lab, demonstra que a inovação colaborativa entre setor público e privado em articulação com a academia pode quebrar barreiras e desenvolver soluções mais efetivas para levar cuidados essenciais a quem mais precisa, visando um caminho onde a saúde é um direito acessível para todos, sem exceção”, disse a coordenadora do laboratório em entrevista.

 

Júlia Batista