Medidas de prevenção ao coronavírus são desafio nas periferias

Abastecimento ineficaz de água e casas com mais moradores do que cômodos. Dois cenários comuns —e preocupantes— nas periferias brasileiras. Ainda mais quando a epidemia provocada pelo novo coronavírus atinge em cheio essas regiões e exige da população a necessidade de distanciamento social e de higienização frequente das mãos. As consequências aparecem nos números. Um levantamento da Agência Mural feito com base nos relatórios da Prefeitura de São Paulo constatou que o número de mortos pela covid-19 em periferias paulistanas chega a ser 5 vezes maior que a média nacional.

Acompanhe o projeto do SAS Brasil para enfrentar o coronavírus

“Dentro da capital, enquanto na subprefeitura do Butantã (Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia) 5% dos infectados não resistiram, a taxa chega a 36% na Casa Verde (distritos da Casa Verde, Cachoeirinha e Limão). Ali foram 175 casos confirmados e 63 mortes até o dia 13 de abril”, relata a Agência Mural.

É para ajudar a frear essa curva letal que o SAS Brasil tem levado, além de teleatendimentos médicos e psicológicos gratuitos para comunidades socialmente vulneráveis, orientações e kits de proteção, com álcool em gel e máscaras de proteção. 

Esses kits viram aliados ainda mais fortes para a prevenção de contágio entre moradores da comunidade do Jardim Colombo, na Zona Sul de São Paulo, onde o SAS Brasil já impactou mais de 400 pessoas em menos de duas semanas de ação. Cada frasco de álcool em gel acompanha o número de contato para agendar consultas: uma forma de mostrar que estamos juntos —mesmo que de longe— no enfrentamento da covid-19.

Projeto Telemedicina SAS Brasil contra o Coronavírus

Desde o início da epidemia do coronavírus no país, o SAS Brasil tem se mobilizado para oferecer alternativas para levar atendimento médico e psicológico a comunidades carentes, de forma a evitar que as pessoas saiam de casa e se dirijam a hospitais ou postos de saúde, onde há risco elevado de contaminação. Com a regulamentação, pelo Ministério da Saúde, no fim de março, do uso da telemedicina no enfrentamento da epidemia, desenvolvemos um sistema próprio de prontuário para as consultas, seguindo protocolos de segurança de dados e de informação.