Primeiro laboratório de ensino e inovação em saúde digital do Brasil é inaugurado em Campinas

O momento de abertura do laboratório idealizado pela SAS Brasil contou com presenças marcantes, como a Secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.

Painel de abertura do evento no auditório do IOU. Foto: Fernando Piccin

Laboratório Vivo. Essa é a tradução literal do Living Lab, iniciativa pioneira criada pela SAS Brasil, organização social que há mais de uma década leva saúde especializada para quem não tem, com o objetivo de testar e validar protocolos e modelos capazes de transformar o acesso e o financiamento da saúde no Brasil e no mundo. Idealizado por Sabine Zink e Adriana Mallet, as empreendedoras sociais egressas da Unicamp retornam ao campus em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp para conectar o terceiro setor com iniciativas privadas e públicas.

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“Falar do Living Lab é falar de disseminação”, compartilhou Adriana diretamente do espaço do Laboratório. A médica ainda chamou atenção para o momento de expansão das soluções que prometem transformar o acesso à saúde. “Na última década pegamos estrada, desenvolvemos tecnologias e chegamos com nossas soluções em populações que poucas pessoas chegam. Agora estamos pensando em propagar e chegar a mais pessoas, formando organizações, capacitando professores e alunos a usarem tecnologias e, principalmente, fazendo pesquisa para validar as soluções e poder implementar como política pública”, finalizou a empreendedora social. 

Como primeiro laboratório no Brasil, o Living Lab já conta com apoiadores de peso, como a Philips Foundation e a Roche Farmacêutica. Além das empresas privadas e a academia, o setor público embarcou no projeto e tem grandes planos de ampliação. É isso que compartilhou a Secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad. “O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Informação e Saúde Digital, também está apoiando o Living Lab, que se tornará um dos núcleos da nossa rede de telessaúde”, disse Ana Estela após a sua participação no painel “Impacto da Saúde Digital para o acesso no SUS”.

Estudantes de medicina compartilhando as possibilidades do Living Lab. Foto: Fernando Piccin

A programação, que contou com grandes nomes da área de Saúde Digital, também levou para os participantes a experiência prática do que o laboratório se propõe a fazer e conhecer mais dos modelos de atuação da SAS Brasil. A imersão, que alcançou mais de 120 pessoas, iniciou com a transmissão ao vivo de uma teleultrassonografia que conectou uma paciente e uma enfermeira diretamente no Ceará com a médica em São Paulo. Ainda como proposta da imersão, os presentes participaram de um tour guiado em duas Unidades Móveis de Saúde, carretas equipadas com consultórios médicos, e a sala do Living Lab.

“Hoje foi um dia incrível, eu fiquei encantada com a facilidade de acesso que isso pode revolucionar e evoluir na área da saúde alcançando muitos pontos do Brasil que não tem fácil acesso à saúde especializada”, compartilhou Munira Moraes, estudante de medicina que acompanhou cada etapa da imersão. 

Com a inauguração no último dia 8, o laboratório dá início a jornada de promover a democratização do acesso à saúde, ao mesmo tempo em que impulsiona a inovação e a formação de profissionais preparados para enfrentar os desafios do sistema de saúde brasileiro.